1ª Avaliação: Realizada entre 6 e 9 semanas de gestação, para avaliação do Corpo Lúteo (cisto ovariano) - foto ao lado, responsável pela produção hormonal que sustenta a gravidez, até a formação da placenta com 12 semanas. É realizado através de ultra-som transvaginal com power döppler, com a finalidade de medir o fluxo ovariano e o índice de resistência da circulação em torno do cisto, que deverá ser abaixo de 0,46. Neste mesmo exame verificamos a frequência cardíaca fetal que deverá estar entre 100 e 176 bpm.
2ª Avaliação: Realizada entre 11 e 14 semanas de gestação para a avaliação da Translucência Nucal (TN). Durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, o acúmulo de líquido anormal na região cervical do feto é chamado de edema nucal ou higroma cístico. O edema nucal pode estar associado a várias etiologias , incluindo: trissomias (Down, Turner,Eduards, Patau), defeitos cardiovasculares, displasias esqueléticas, infecções congênitas e alteraões metabólicas e hematológicas (Nicolaides et al. 1992). Porém a visualização deste achado no 2o ou 3o trimestres, muitas vezes é tardia para orientação e conduta. Recentemente esta avaliação passou a ser realizada no primeiro trimestre de gestação, e o termo translucência nucal é utilizado por ser esta a característica que melhor descreve o achado visualizado ao ultra-som. A TN pode ser medida pelo ultra-som transabdominal ou transvaginal. A TN fetal aumenta com a idade gestacional, devendo ser relacionada com o comprimento céfalo-nádega (CCN) (Pandya et al. 1995). Quando acima de 2,5 mm o risco para as patologias citadas aumenta em até 12 vezes em relação ao risco pela idade materna, e quando está abaixo de 2,5 mm o risco diminui em até 4,5 vezes (Nicolaides et al.). Na presença de TN aumentada poderá haver necessidade de avaliação do cariótipo fetal, através da biópsia de vilo-corial ou amniocentese. Na presença de cariótipo fetal normal a realização de ultra-som morfológico com döppler passa a ser um passo propeudêtico importante. A avaliação de risco fetal realizada pela medida da TN nos permite uma taxa de detecção para trissomia do 21 (S.Down) próximo de 78%.
Translucência Nucal Normal
Translucência Nucal Anormal
3ª Avaliação: Realizada entre 14 e 18 semanas, através da coleta de sangue materno para a realização do Teste Triplo de Risco Fetal, que faz a análise de 3 hormônios ( B-hcg, estriol não conjugado e alfafetoproteína), possibilita aos laboratórios elaborarem laudo de risco para S. de Down e defeitos do tubo neural. A utilização de translucência nucal e teste triplo em conjunto nos permite uma taxa de detecção para trissomia do 21 (S. de Down) próximo de 86%. 4ª Avaliação: Realizada entre 20 e 24 semanas de gestação, através do Ultra-Som Morfológico, que possibilitará a avaliação correta da anatomia fetal, bem como realizar exame Döppler color da circulação materno e fetal possibilitando avaliar o risco para desenvolvimento de hipertensão na gestação (Pré-Eclâmpsia) e retardo de crescimento intra-útero.
Fonte: Clínica Cordoni
Autor: Dr. Giancarlo Cordoni