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Pré-eclâmpsia


Fonte: Clínica Cordoni
Autor: Dr. Giancarlo Cordoni

A hipertensão é a complicação clínica mais comum na gestação, ocorrendo em aproximadamente 10 %das gestantes.O termo pré-eclâmpsia é mais comumente usado para descrever a doença singular da gravidez que se manifesta por hipertensão com comprometimento de múltiplos órgãos, sendo o termo eclâmpsia utilizado para descrever a manifestação final da doença, quando a paciente apresenta além da hipertensão, crises convulsivas.Esta patologia manifesta-se mais freqüentemente na primeira gestação e em pacientes jovens.O diagnóstico é realizado clinicamente quando ocorre o aumento da pressão, associado ao edema de membros inferiores, na gestante ,e pode ser confirmado laboratorialmente pela presença de proteína no exame simples de urina e ou pela elevação do ácido úrico ( quando dosado no sangue materno). No Brasil é a maior causa de mortalidade materna, sendo responsável também por grande parte da mortalidade neonatal, por implicar em interrupção prematura da gestação. O tratamento é a interrupção da gestação após estabilizar os sinais e sintomas clínicos da gestante.Porém o mais importante é a seleção das pacientes de risco para desenvolver a pré-eclâmpsia.

NA ABORDAGEM PREVENTIVA,A REALIZAÇÃO DE ULTRA-SOM COM DÖPPLER COLORIDO DAS ARTÉRIAS UTERINAS (artérias que nutrem o útero) COM 20 SEMANAS DE GESTAÇÃO, PODERÁ IDENTIFICAR AS PACIENTES DE RISCO. As pacientes de risco apresentam alteração no traçado döppler das artérias uterinas, que são chamadas de incisura diastólica. (foto abaixo)
Artéria uterina direita alterada
Artéria uterina esquerda

O tratamento preventivo para as pacientes de risco (com incisura diastólica presente ao döppler ) deve ser realizado com a administração de ácido acetil salicílico ( AAS-aspirina), na dose de 1mg por quilo de peso, por dia ( p ex. paciente com 60 kg deverá tomar 60mg de aspirina). Convencionou-se o uso de AAS infantil na dose de 100mg/dia . Bibliografia : Campbell S, Aquilina J, England P, Harrington K. The role of color döppler imaging of the uterine arteries at 20 weeks' gestation in stratifying antenatal care. Ultrasound Obstet Gynecol 1998;12:339-345. EM CASO DE DÚVIDA PROCURE SEU MÉDICO.